IES TM-30 vs CRI: Entenda Qual é o Melhor Método para Avaliação de Cor na Iluminação
- fernandacasara
- 21 de out.
- 4 min de leitura
A iluminação desempenha um papel crucial na forma como percebemos ambientes e objetos. Por isso, avaliar corretamente a qualidade de cor é fundamental em qualquer projeto de iluminação. Durante muitos anos, o Índice de Reprodução de Cor (CRI) foi a principal referência para essa avaliação.
Contudo, desde 2015, com a introdução do método IES TM-30 pela Illuminating Engineering Society (IES), surgiram novas possibilidades, oferecendo resultados mais completos e precisos. Mas, afinal, qual método escolher? Confira a seguir!
Diferenças Entre CRI e IES TM-30
Enquanto o IRC padrão utiliza apenas poucas amostras de cores, onde a média das 8 primeiras (R1 a R8) resulta em um único valor, o TM30 apresenta um método estatístico mais robusto que quantifica tanto a fidelidade (Rf) quanto o gamut ou saturação (Rg) das cores. A seguir são apresentadas as diferenças e características detalhadas dos dois métodos.
1. Número de Amostras Avaliadas
CRI: Analisa apenas 8 amostras de cores pastéis, o que limita a precisão dos resultados.
IES TM-30: Avalia 99 amostras, abrangendo uma gama maior de tons e níveis de saturação. Isso proporciona uma análise mais fiel à realidade.
2. Métricas Avaliadas
CRI: Apresenta apenas uma pontuação geral (Ra), que representa a média de fidelidade de cor.
IES TM-30: Oferece métricas diversificadas para uma avaliação mais detalhada:
Rf (Fidelidade): Mede quão próximas as cores são reproduzidas em relação à referência. É semelhante ao CRI, mas com mais precisão.
Rg (Gama): Avalia a saturação das cores. Valores acima de 100 indicam maior saturação; abaixo de 100, menor saturação.
Rcs,h1-16: Analisa mudanças específicas de cor em diferentes matizes.
3. Representação Visual dos Resultados
CRI: Não oferece nenhuma visualização gráfica dos dados.
IES TM-30: Disponibiliza gráficos intuitivos, como o diagrama de vetores de cores e gráficos de distorção, facilitando a interpretação dos resultados e auxiliando na tomada de decisões.
4. Precisão com Diferentes Fontes de Luz
CRI: Pode superestimar a qualidade de fontes com espectros descontínuos, como os LEDs.
IES TM-30: Garante uma avaliação mais confiável para todos os tipos de fontes de luz, especialmente com tecnologias modernas.
5. Aplicações e Relevância
CRI: É útil para análises gerais, mas pode não atender às necessidades de ambientes que exigem precisão nas cores.
IES TM-30: Ideal para locais como museus, lojas e hospitais, onde a reprodução fiel das cores é indispensável.
Como Interpretar os Relatórios do IES TM-30
Ao utilizar o IES TM-30, é possível acessar relatórios detalhados com informações essenciais para uma avaliação completa da luz.

Como Interpretar os Relatórios do IES TM-30
O IES TM-30 fornece relatórios completos com indicadores-chave para uma avaliação detalhada da luz. Veja como interpretar os principais elementos:
Rf (Fidelidade de Cor)
Escala: 0 a 100
Função: Mede a semelhança das cores sob a fonte de luz analisada em relação à referência. Quanto mais próximo de 100, melhor.
Rg (Gama de Cor)
Escala: Normalmente de 60 a 140
Função: Indica se as cores aparecem mais saturadas (acima de 100) ou menos saturadas (abaixo de 100).
CCT (Temperatura de Cor Correlata)
Escala: 1800K a 10000K
Função: Determina a tonalidade da luz branca:
< 3000K: Tons quentes (amarelados).
3000K a 5000K: Tons neutros.
> 5000K: Tons frios (azulados).
Duv (Distância da Curva de Planck)
Escala: Valores em torno de ±0.01
Função: Avalia a tendência de tonalidade da luz:
Duv positivo: Tendência ao verde (acima da curva de planck)
Duv negativo: Tendência ao rosa/magenta (abaixo da curva de planck)
OBS: Conofmre estudos já realizados é sempre preferível o espectro de luz com um Duv negativo.
Local Chroma Shift (Mudança Local de Saturação de Cor)

Escala: Normalmente -20% a +20%
Função: Mede mudanças na saturação de cor dos 16 grupos de cores.
Interpretação: Visualizado no gráfico de vetores de cor. Valores positivos indicam aumento de saturação, enquanto valores negativos indicam diminuição.
Local Hue Shift (Mudança Local de Matiz de Cor)

Função: Mede alterações no matiz de cor em áreas específicas.
Representação: Visualizada no gráfico de vetores de cor (flechas).
Interpretação: Quanto maior a inclinação do vetor, maior a diferença na pigmentação.
Gráfico de Distorção da Fidelidade por Grupo de Cor

Escala: 0 a 100 (para cada um dos 16 grupos avaliados)
Função: Exibe visualmente como os grupos de cores são afetados pela fonte de luz.
Interpretação: Permite identificar áreas com aumento ou diminuição de fidelidade em cada grupo de cor.
Gráfico de Distorção da Fidelidade por Amostra de Cor

Escala: 0 a 100 (para cada uma das 99 cores avaliadas)
Função: Representa visualmente o impacto da fonte de luz sobre cada cor específica.
Interpretação: Destaca variações de fidelidade em todas as amostras, facilitando análises detalhadas.
Gráficos Visuais
Círculo de Referência (Preto): Representa a lâmpada incandescente padrão.
Círculo de Análise (Vermelho): Indica a medição da fonte de luz em análise.
Vetores e Flechas: Apontam variações de fidelidade, saturação e matiz em relação à referência.
Por que o IES TM-30 é a Melhor Escolha?
O método IES TM-30 oferece uma análise mais completa e precisa, sendo fundamental para projetos em que a reprodução fiel das cores é indispensável. Se você busca uma avaliação que vá além dos resultados básicos, essa é a forma ideal para garantir ambientes bem iluminados e com cores realistas.
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