Linha Pulse: Qualidade de energia: estabilidade elétrica em primeiro lugar

A qualidade da energia é um fator decisivo para o bom desempenho e a durabilidade dos sistemas de iluminação. Em aplicações com tecnologia LED, parâmetros como fator de potência (FP), distorção harmônica total (THD) e interferência eletromagnética (EMI) são determinantes para a eficiência e a estabilidade elétrica do conjunto.

A Linha Pulse foi desenvolvida com foco nesses aspectos, garantindo um funcionamento equilibrado, com melhor aproveitamento da energia e menor impacto sobre a rede elétrica.

Fator de potência: uso eficiente da energia

O fator de potência (FP) indica o quanto da energia elétrica consumida é convertida em potência ativa e o que realmente será utilizada para alimentar a carga. Valores mais altos refletem um uso mais eficiente da energia, com menos perdas e melhor desempenho do sistema.

Como forma de analogia, é possível comparar o fator de potência a um copo de cerveja. Utilizando o mesmo copo de 350 ml, quanto menor o colarinho, maior a quantidade de líquido aproveitado em cada dose. Ou seja, menos vezes será necessário encher o copo para consumir o mesmo volume total. Isso reflete o que ocorre em um dispositivo com alto fator de potência.

Trazendo para o mundo da eletricidade o tamanho do copo, está relacionado com a bitola dos fios usados e a cerveja com a quantidade de potência de fato utilizada. Assim para alimentar uma mesma potência de carga, se o fator de potência for 0,47 a bitola do cabo deverá ser o dobro do que um sistema com fator de potência de 0,95.

Fórmula da Corrente elétrica:

I = P / V / FP

Exemplo:

Luminária com potência de 200W, e fator de potência de 0,96, instalada em uma rede de 127V:

I= 200W/127V/0,95PF =  1,65A

Agora  a mesma luminária de 200W, alimentada em 127V porém com um fator de potência de 0,47.

I= 200W/127V/0,47PF =  3,35A

 Ou seja quando o fator de potência diminui, a corrente elétrica que circula pelos cabos aumenta, necessitando uma bitola maior. No exemplo acima, a bitola precisará ser o dobro.

Assim, produtos com alto fator de potência reduzem o aquecimento dos condutores e minimizam o desperdício de energia, além de favorecer a estabilidade geral da instalação, e permitir o uso de bitolas de cabos e sistemas de proteção menores, especialmente em ambientes com múltiplos equipamentos conectados.

No Brasil, a ANEEL determina que caso o fator de potência total do sistema seja menor que 0,92, as concessionárias de energia podem cobrar uma multa proporcional . Portanto é altamente recomendado que sejam usados sempre que possível produtos com alto fator de potência.  Em especial em instalações com vários equipamentos.

THD

A distorção harmônica total (THD) significa quanto um equipamento está introduzindo de ruído na rede elétrica.

Quanto menor o THD do equipamento, menores são os riscos de interferências no sistema.

A atenção a esse parâmetro resulta em uma operação mais limpa e previsível, evitando ruídos elétricos e variações que possam afetar o desempenho ou a vida útil dos componentes ligados a rede elétrica.

Em equipamentos eletrônicos,  sempre que tiver produto com baixo fator de potência, o THD será alto. Assim além dos problema relacionados com o baixo fator de potência, existem os problemas de interferência potencializados pelo alto THD.

Produtos com alto THD, geram interferência em outros equipamentos que estão conectados na mesma rede, inclusive gerando sobreaquecimento na fiação e transformadores, reduzindo a durabilidade e aumentando o desperdício de energia, podendo até mesmo causar a queima de outros equipamentos.

EMI: compatibilidade e segurança eletromagnética

A interferência eletromagnética (EMI) é outro ponto importante para a qualidade de energia. Emissões indesejadas podem afetar o funcionamento de dispositivos eletrônicos próximos, incluindo sensores de precisão e equipamentos sensíveis, como os utilizados em ambientes hospitalares e laboratoriais.

Um exemplo simples de interferência eletromagnética pode ser observado nas antigas televisões analógicas. Ao ligar um equipamento sem controle de EMI, como uma furadeira ou liquidificador, o campo eletromagnético gerado interferia no sinal da TV, provocando ruído e distorção na imagem.

O controle da EMI é essencial para garantir que o driver opere de forma estável e segura, mantendo a compatibilidade com outros sistemas elétricos e eletrônicos do ambiente.

Conclusão

A qualidade de energia é parte essencial de um sistema de iluminação confiável e eficiente. Com atenção a fatores como FP, THD e EMI, a Linha Pulse assegura uma operação estável, segura e com melhor aproveitamento da energia elétrica. Esses parâmetros refletem o compromisso com desempenho técnico e confiabilidade, elementos fundamentais em qualquer projeto de iluminação.